Meus cadernos, livros e vídeos de meus cadernos e livros fazem parte de uma produção corpo-visual em que posso trabalhar narrativas. São ideias, percepções, horrores, desejos, memórias e futuros que invento na tentativa de dar conta dos desafios da vida. Desafios contemporâneos que perpassam muito proximamente a morte. Assistimos a morte do planeta, a violência contra determinados grupos sociais que se mantém, apesar de tanta história da humanidade, ainda vulneráveis. E tudo isso se passa, para mim, dentro de um contexto de pobreza de um país rico como o Brasil. Pobreza elegida por uma elite governante. Pobreza fundada na não distribuição da riqueza. Assim como Arthur Barrio nos diz em um de seus textos, são cadernos, livros e produções pobres de matéria, mas densos de experiência.